Eis um assunto muito delicado "família", quando o assunto é família nos vem muita coisa no pensamento, ainda mais quanto nos tratamos de amizade virtual. Mais enfim, existe mesmo algum sentimento além no mundo virtual?
Muitos de nós nos vemos com essa dúvida por muitos e muitos tempos! As vezes essas amizades virtuais são marcadas por declarações explicitas de carinho, que talvez não sobrevivessem a realidade ou não seriam tão intensas.
E no Second Life?!
As relações de parentesco no Second Life são comuns, as pessoas adotam filhos, pais e irmãos, no jogo por diversos motivos, nem todos têm boas intenções. Quando há uma relação de amizade intensa, os rótulos familiares são utilizados para demonstrar o carinho que tem determinada pessoa. Em muitos casos, essas relações são usadas indevidamente por certos membros da família. Mas, na maioria dos casos, os laços familiares são sinceros e até levados para vida real.
A oportunidade de ser mãe
Existem também relações construídas da falta, muitas mulheres desejam realizar o sonho de serem mães, e o SL é um lugar perfeito para isso, tal possibilidade negada a elas na RL, aqui toma forma e voz. As mulheres mais jovens também vêem no SL a chance de viver uma experiência que só poderão ter futuramente, como se estivessem brincando de boneca. A maioria exerce seu lado maternal nas situações criadas no jogo.
Falta da família RL
Também se deve observar que muitos usuários são solitários e não tem realmente uma família RL e adotam amigos como sua família. Alguns moram em outros países e têm com as pessoas que jogam SL o contato que falta na vida real, o calor humano que necessitam.
Família como um bom negócio
Uma tática desenvolvida por alguns no Second Life é transformar em parentes as pessoas que estão próximas. É uma forma de garantir alguns favores, uma minoria de “promoters” faz disso um meio de ter pessoas em suas festas. Uma usuária usava tal técnica para garantir que as amigas não tivessem relação com seus ex-namorados, assim arrumou um grande número de filhas ,irmãs e cobrava fidelidade através do laço parental. Não era raro ouvi-la dizendo, “Não acredito que ele cantou a própria filha”. A dificuldade era descobrir quem do seu convívio não tinha nenhum vínculo familiar com ela.
Outros transformam as famílias em verdadeiras gangues, utilizando-as para ameaçar residente.
Família RL em segundo plano
Não há nada de errado em manter uma família, no second Life, é até louvável a pessoas oferecer tanto carinho, dedicação a alguém que não conhece pessoalmente. Como diz uma propaganda de uma marca alimentícia famosa, família pode ser de diversas formas, a família de primos, de amigos, do trabalho e por que não a do SL? Quando esses laços familiares do SL passam a ser mais valorizados que os laços mantidos na vida real, pode ser um problema na vida da pessoa.
Alguns usuários que passam a se preocupar mais com os maridos e esposas SL do que com os da vida real, cobram dos mesmos fidelidade sem dispensar a mesma atenção aos cônjugues reais. Em algumas situações, as pessoas sabem mais da vida dos parceiros SL que dos parceiros RL. Em alguns casos, pais se dedicam mais aos seus filhos do SL que aos filhos reais e os cuidados comuns, passam a ser tratados como obrigação na vida real.
Tudo é bom, mas nada em excesso faz bem, dedique seu tempo também a sua família real, fale eu te amo aos seus filhos RL e mantenha um diálogo com seus familiares. Aproveite suas relações SL para melhorar sua realidade, sempre é tempo de recomeçar.